Permissão para Farmacêuticos Prescreverem Remédios Gera Críticas de Entidades da Saúde

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A recente decisão que autoriza farmacêuticos a prescreverem medicamentos no Brasil tem gerado polêmica e preocupação entre entidades médicas e especialistas da saúde. A medida, que amplia a atuação dos profissionais de farmácia na indicação de tratamentos, foi duramente criticada por representantes da classe médica, que alegam riscos à segurança dos pacientes e possível interferência na qualidade do atendimento.

O Que Diz a Nova Regra?

A norma permite que farmacêuticos possam prescrever medicamentos isentos de prescrição médica, além de orientar pacientes sobre o uso correto desses produtos. A decisão tem como objetivo facilitar o acesso da população a tratamentos básicos, reduzir filas em unidades de saúde e reforçar a atuação dos farmacêuticos como profissionais de atenção primária.

No entanto, entidades médicas argumentam que a prescrição de qualquer tipo de medicamento deve ser feita exclusivamente por médicos, que possuem formação para diagnosticar doenças e indicar tratamentos adequados.

Críticas das Entidades Médicas

O Conselho Federal de Medicina (CFM) se manifestou contra a medida, alegando que a autorização pode colocar em risco a saúde da população. De acordo com a entidade, mesmo medicamentos isentos de prescrição podem causar reações adversas ou interações perigosas, caso não sejam administrados corretamente.

“A prescrição de medicamentos deve ser baseada em um diagnóstico preciso, algo que apenas um médico pode fornecer. Esse tipo de liberação abre precedentes perigosos e pode comprometer a segurança dos pacientes”, afirmou um representante do CFM.

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) também se posicionou, alertando para o risco de sobrecarga no atendimento farmacêutico e para possíveis falhas na orientação sobre o uso dos medicamentos.

Posicionamento dos Farmacêuticos

Por outro lado, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) defende a medida, argumentando que a atuação dos farmacêuticos na prescrição de medicamentos isentos de prescrição não substitui o trabalho médico, mas complementa o atendimento à população.

“Os farmacêuticos são profissionais qualificados, que possuem conhecimento técnico para orientar o uso correto de medicamentos e prevenir automedicações perigosas. A medida visa facilitar o acesso da população aos cuidados de saúde, sem comprometer a segurança do paciente”, destacou um representante do CFF.

Impacto na População

A decisão gerou debate entre pacientes e profissionais de saúde. Enquanto alguns enxergam a mudança como uma forma de agilizar o acesso a tratamentos simples, outros temem que a flexibilização possa incentivar o uso inadequado de medicamentos e dificultar o acompanhamento médico.

Especialistas recomendam que, independentemente da nova permissão, os pacientes busquem orientação médica sempre que possível e evitem o uso indiscriminado de medicamentos sem acompanhamento adequado.

A medida ainda pode ser revisada ou regulamentada de forma mais detalhada para garantir a segurança da população e evitar abusos na prescrição. O tema promete seguir em debate nos próximos meses, com pressão de entidades médicas e farmacêuticas para ajustes na norma.


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