O papa Francisco morreu na madrugada desta segunda-feira (21), aos 88 anos. Com a vacância do cargo, tem início o processo de escolha do novo líder da Igreja Católica, conhecido como conclave.
Nesse processo, até sete cardeais brasileiros estão aptos a participar da votação que definirá o próximo papa.
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Como funciona o conclave?
O conclave é uma reunião sigilosa que ocorre na Capela Sistina, no Vaticano. Nela, participam até 120 cardeais com menos de 80 anos. Durante todo o processo, os cardeais permanecem isolados do mundo exterior.
Antes do início da votação, três cardeais são escolhidos para contar os votos, e outros três são responsáveis por revisar o processo. A votação é feita com cédulas de papel. Para que um cardeal seja eleito, é necessário obter dois terços dos votos.
No primeiro dia, os cardeais indicam seus candidatos. Se nenhum candidato alcançar o número necessário de votos, eles realizam até seis rodadas de votação. Se ainda não houver consenso, podem fazer pausas e retomar o processo com novas votações. Caso o impasse continue, os dois mais votados disputam diretamente a eleição, sem a possibilidade de votar em si mesmos.
Por fim, a escolha é anunciada publicamente por meio da fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina: fumaça preta indica que não houve decisão, porém, em caso de fumaça branca, sinaliza que um novo papa foi eleito.
Sete brasileiros podem votar
Entre os cardeais brasileiros, sete têm menos de 80 anos e, portanto, têm direito a voto no conclave. São eles:
- Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre (64 anos)
- João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília (77 anos)
- Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus (74 anos)
- Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo (75 anos)
- Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro (74 anos)
- Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília (57 anos)
- Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador (65 anos)
Vale ressaltar que Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, não poderá votar por ter 87 anos.
Possíveis sucessores
Diversos cardeais são considerados possíveis candidatos ao papado. Entre os nomes mais citados, destacam-se:
- Jean-Marc Aveline (França)
- Peter Erdo (Hungria)
- Mario Grech (Malta)
- Juan José Omella (Espanha)
- Pietro Parolin (Itália)
- Luis Antonio Tagle (Filipinas)
- Joseph Tobin (Estados Unidos)
- Peter Turkson (Gana)
- Matteo Maria Zuppi (Itália)
O conclave não tem prazo fixo para terminar. A escolha do novo papa depende do consenso entre os cardeais.
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